Os mais pequenos

A importância do brincar

É a brincar que as crianças aprendem, sendo a atividade lúdica também um direiro fundamental e universal que lhe assiste. Quando brinca, a criança promove o seu desenvolvimento desde a nível motor, cognitivo, social, aprende a auto controlar-se e a conhecer o ambiente que a rodeia, logo desdes as primeiras atividades lúdicas.

Nos primeiros meses, esta atividade é caracterizada por comportamentos rudimentares, chamados de comportamentos exploratórios. É por meio deles que a criança desenvolve a discriminação visual ( quando fixa um brinquedo, quando segue a sua trajetória ou quando procura algo), aprende as características dos objetos, como a sua dureza, a temperatura, a regusidade, etc. (através de movimentos que faz com as mãos, de bater no e bater com o brinquedo, do agarrar, do levar à boca,...), que estabelece relações entre os brinquedos (quando bate com eles um no outro, quando os coloca em cima uns dos outros, os mete dentro de outros,...), percebe relações de cause efeito e desenvolve a permanência do objeto (quando atira com os brinquedos todos que tem à sua volta, ou procura objetos escondidos), aumenta o seu leque de atenção (quando se relaciona com dois ou mais objetos), entre outras.

Ao mesmo tempo que é estimulado o desenvolvimento da cognição, a atividade lúdica promove ainda o desenvolvimento da motricidade. Colocando os brinquedos em locais estratégicos e chamando a atenção do bebé para eles, a criança tem que se mexer para os alcançar, estimulando o levantar do pescoço, o rolar, o rastejar, o gatinhar, o por-se de pé e andar apoiado, para depois aprender a andar só. Isto acontece ao mesmo tempo em que a relação com os brinquedos estimula todo o percurso que vai desde que o bebé tem as mãos fechadas, ao aprender a agarrar os objetos só com uma mão, até à aquisição da capacidade de usar uma mão como diretora e a outra como mão de apoio.

Podemos ainda referir o jogo corporal que ocorre entre o bebé e a mãe ou o pai, que estimula o desenvolvimento de uma vinculação adequada, com o estabelecimento de uma relação de sucesso entre o bebé e o cuidador, com toda a influência que isso tem no auto controlo de criança e que lhe permite ver o mundo de várias perspetivas, horizontal ou vertical, mais alto ou mais baixo, ...

O jogo é promotor do desenvolvimento

Por volta do final do primeiro ano de vida tem inicio a atividade de imitação como percursor do jogo simbólico, A criança começa a imitar comportamentos que vê os seus cuidadores fazer, inicialmente após a visão da tarefa e depois na ausencia do comportamento para imitar, fazendo imitação diferida. Isto acontece quando o bebé imita o adulto a por o telefone na orelha para falar, qundo imita a mãe a varrer o chão ou imita quando a estão a pentear... Aliás esta é uma das razões pela qual os adultos devem dar bons exemplos de comportamento à criança, tendo em atenção que uma das formas principais de aprendizagem, em qualquer idade é a imitação... As crianças aprendem a bater quando vêm os adultos bater, aprendem a deitar o lixo para o chão quando vêm os adultos fazê-lo, ou a jogar à bola, imtando também os adultos.

A par com o jogo de regras, de que falaremos outro dia, o jogo simbólico que termina com a criança a fazer atividades mais elaboradas como o que chamamos "brincar às professoras e aos alunos" ou " brincar aos médicos", passa por inumeras fases, que referiremos agora e que promovem o desenvolvimento inteletual, motor, social e moral da criança.

Depois deste jogo pré-simbólico, em que o bebé faz ações de comportamento aproximadamente simbólicos, em que reliza ações como colocar o telefone ao contrário, quando o aproxima do ouvido, surge o jogo auto simbólico, em que os comportamentos são direcionados para si próprio, como por exemplo, finge que bebe por um copo ou por uma chávena de brincar. Seguidamente surge a ação simbólica no outro, em que o comportamento é dirigido da criança para o outro; por exemplo, a criança dá de comer com a colher à boneca ou empurra um carro no chão, produzindo um barulho semelhante ao que ele produz. A fase seguinte implica a realizaçãode sequencias simbólicas em que a criança  de uma forma criativa realiza ações simbólicas, como por exemplo, finge beber pela chávena, depois dá com a chávena de beber à mãe, ou coloca os carrinhos no atreledo de depois os puxa com o carro... A substituição implica a utilização de objetos sem significado, mas de forma criativa, como por exemplo, usar um pau para pentear o cabelo da boneca ou usar um pedaço de madeira, como um carro.

Podemos ainda referir os temas de jogo, que demostram capacidades de estruturação temporal, espacial, causal e de lógica, enquanto as crianças experienciam práticas internas de vivências pessoais. Também relativamente a estes temas de jogo, a criança experimenta uma evolução, enquanto a sua linguagem e valores morais de desenvolvem, que passam pela vivência de rotinas diárias e familiares (comer, higiene e dormir); atividades observadas como por exemplo fingir que cozinha ou que vai a conduzir; atividades que fez algumas vezes, como por exemplo ir às compras ou à praia; atividades observadas noutros meios (a criança finge que está num restaurante em que pergunta o que vai comer, cozinha e serve a refeição); por fim temos o jogo de fantasia, em que a criança finge uma situação que nunca experimentou, que pode ser fingir que é um bombeiro ou um pistoleiro.

Muitas destas atividades de jogo, que a criança realiza, ela brinca com brinquedos cada vez mais reais, o que não quer dizer que afete  sua criatividade. Esta situação é visivel nas brincadeira de faz de conta de "policias e ladrões", "indios e cowboys" ou "às guerras" que as crianças não vivenciam na vida real, pelo menos algumas delas, mas vêm na televisão, em filmes, no telejornal, em reportagens, que apanham enquanto jantam ou quando passam de repente pela sala... Na minha opinião os pais devem conversar com as crianças sobre estes temas, mas evitar interferir nas atividades de jogo simbólico que elas exibem, nem no jogo propriamente dito, nem na substituição de brinquedos ou na construção de artefatos necessários para este tipo de brincadeira. Por outros lado não devem incentivar este tipo de jogo pela compra de pistolas de brincar e outros brinquedos com o mesmo fim.

O jogo de regras

Os jogos de regras vão evoluindo com o desenvolvimento da criança e promovem também o seu progresso em termos da cognição, a nível motor e no que diz respeito às questões sociais.

O jogo de regras caracteriza-se pela existência de um conjunto de leis, impostas pelo grupo que implica uma forte competição entre os companheiros de jogo, sendo que o não cumprimento destas leis provoca alguma forma de penalização do outro jogador. Esta forma de jogo pressupõe a existência de pelo menos, um parceiro e a definição de um conjunto de obrigações (regras) , sendo por isso uma atividade fundamentalmente social, despontando quando o individuo começa a apresentar relações efetivo sociais.

O seu carater social manifesta-se na introdução de pequenas regras pelo adulto como companheiro de jogo, por exemplo, ao incentivar a criança a jogar uma bola para um determinado alvo, depois dele próprio o ter feito. Este tipo de relação passa pelo esperar pela sua vez para depois entar na brincadeira e vai até às regras dos jogos desportivos ou de tabuleiro, preparando o indivíduo para respeitar as regras que a vida em sociedade impõe, não só à criança, como também ao adulto. 

As regras dos jogos podem ser transmitidas de geração em geração, podem ser aprendidas, ou podem ser espontaneas, criadas naquele momento, sendo por isso facilmente esquecidas.

Esta atividade de jogo é, tal como as outras de que já falamos, caracterizada pelo envolvimento emocional da criança; por uma atmosfera de esponteneidade e criatividade; por um limite de espaço e tempo; pela estimulação da imaginação, da autonomia e auto afirmação; e finalmente pela capacidade de se repetir. Já o jogo de regras inclui um conjunto de normas, que definem o que "vale" dentro do mundo imaginário do jogo, estimulando a progressão da criança dentro do seu envolvimento social.

Em termos cognitivos, o desenvolvimento manifesta-se na progressão do pensamento abstrato, na criatividade, na autonomia e na tomada de decisões que conduz à capacidade de resolução de problemas. A nível motor, os jogos desportivos promovem a melhoria das capacidades motoras já adquiridas, enquanto que a nível social, prepara as crianças para o treino das relações sociais com os pares e com outras pessoas, ao mesmo tempo que perceciona a importância do respeito pelas regras.

  

Brincar em segurança

Um aspeto muito importante para os pais, tem a ver com a segurança dos seus bebés e criança, enquanto estes se envolvem em comportamentos de atividade lúdica, tal como procuram dar aos seus filhos alimentos adequados e vestuário dentro dos padrões e adequados ao tempo atmosférico, compatível com a estação do ano, um plano de saúde adequado, etc. Um outro fator que os preocupa, é a adequação dos brinquedos que põe à sua disposição, como fatores que permitem a estimulação do seu desenvolvimento e a sua diversão.

No entanto, a aquisição de um brinquedo adequado, é uma atividade que requer por um lado o conhecimento das caraterísticas de desenvolvimento e de comportamento do bebé, e por outro lado conhecimentos a nível da segurança que o próprio brinquedo pode oferecer à criança em questão.

Quando compramos um brinquedo, devemos ter em consideração para quem é o brinquedo: idade, habilidades, interesses, objetivo. Também é muitas vezes indicada a idade a  partir da qual o brinquedo é recomendado, por exemplo: +5 anos. É obrigatória a indicação, quando o brinquedo não é recomendado a crianças com menos de 36 meses ou 3 anos. Isto acontece sempre que o brinquedo é composto por peças que se soltam e que podem ser introduzidas na boca ou no nariz e que podem provocar lesões. O mesmo se verifica para brinquedos que tenham pontas aguçadas ou cortantes e ainda que não possam ser lavados. Estes aspetos também se devem ter em conta, em ambientes em que bebés brinquem em conjunto com irmãos mais velhos.

Um outro requisito obridatório é a marca CE, que devem ter todos os brinquedos fabricados ou importados para a União Europeia e que nos permitem pressupor que o objeto vai de encontro às normas de segurança dos brinquedos. No entanto, salvo prova em contrário, o brinquedo deixará de possuir esta marca. Já houve marcas que retiraram brinquedos do mercado em consequência de acidentes fatais, devido à sua utilização lúdica.

Outras indicações que devem vir no rótulo são o nome do brinquedo e/ou a marca deste e ainda a direção do fabricante ou do importador.

Não podemos deixar de referir que um brinquedo, é um objeto que possui determinadas possibilidades de uso, frente às habilidades da criança e a um comportamento previsivel. Da imprevisibilidade do comportamento das crianças pequenas, advém a necessidade de supervisão, pelos pais, enquanto o seu filho brinca.

Em caso de dúvidas frente a qalquer assunto relacionado cm a compra de brinquedos, devem consultar o site seguinte: https://www.consumo-pt.coop/brinquedoseguro/web/port/content/02_03a.htm


Segurança doméstica

As nossas casa estão cheias de perigos para  as  nossas crianças. São as tomadas da luz, as varandas, as janelas e as portas, os objetos que deixamos cair, os detergantes e os medicamentos, as águas quentes. etc.. E com tudo isto pomos muitas vezes em perigo as nossas crianças. Quem nunca viu nas notícias que uma criança de 3 anos, por exemplo caiu de em 3ª andar. Aqui à uns anos soube de um bebé que tinha morrido asfixiado com os fios de um mango e de outra criança que tinha sido asfixiada por uma bola que meteu na boca. Houve outro caso,de uma criança a quem a avó que estava a cuida e que trocou um frasco oe medicamento que a criança estava a tomar, por outro igual mas que tinha tira nódoas. Há tantos casos... Também devemos ter em atenção o tipo de criança que temos pela frente.

As tomadas da luz devem estar todas tapadas com dispositivos próprios e não se devem deixar extensões ligada e ao alcance da criança.

Também não devemos ter mesas, cadeiras, bancos ou sofás perto de janelas ou varandas para onde a criança possa subir, para alcançar a parte superior. Os gradeamentos das varandas devem estar protegidos, sobretudo se permitem que a cabeça da criança passe entre elas, ou que a criança suba por elas.

Tenha cuidado na cozinha, com as águas a ferver, com as panelas de sopa, com as frigideiras que tem no fogão que devem ter sempre as pegas para dentro, com os utensílios que têm em cima dos armários, com a gaveta das facas, com o forno quente, com o armário dos detergentes que por vezes têm cores tão apetitosas... A cozinha não é local para brincar.

Não deixe os medicamentos ao alcance das crianças. Alguns são doces e as crianças tentam tomá-los sempre que podem. A minha filha uma vez disse-me, muito triste, que a avó não lhe dava um dos smaties dela...

Olhe para o chão à procura de objetos pequenos que a criança poça meter na boca. Tenha em atenção que a sua perspetiva de pé é diferente da da criança de gatas. Também deve ter cuidado com brinquedos das crianças mais velhas, que sejam muito pequenos e que a criança possa por na boca.

Não deixe o seu filho brincar com sacos de plástico, tenha cuidado  com o que está por cima das toalhas das mesas e tome atenção ao ferro de passar...

Mas o que torna as nossas casas mais seguras é a supervisão dos adultos em relação às crianças, Mantenha-as sempre debaixo de olho e não se esqueeça, quando estão muito caladas é porque estão muito atentas ao que estão a fazer, que nem sempre é o mais indicado.

Qual a importância das rotinas no desenvolvimento?

As rotinas são um conjunto de tarefas que se repetem ao longo do tempo ou seja, que ocorrem aproximadamente na mesma altura do dia, que sucedem mais ou menos da mesma forma e no mesmo local. Como exemplo de rotinas que uma criança pequena vivência, podemos referir a hora do banho (se este ocorre de manhã ou à noite), a alimentação (acontece quase sempre no mesmo local, há mesma hora e seguindo os mesmos passos), o deitar e o levantar (é quase sempre há mesma hora, no mesmo sitio e seguindo todos os dias o mesmo ritual). Podemos referir muitas outras atividades como o ir para escola,  hora da bricadeira, a sesta diária, etc..                                                                           

               

Ocasionalmente (porque, por exemplo, vamos jantar a casa de um familiar) a mudança de rotinas é tolerada, exercitando mesmo uma capacidade de adaptação da criança.

As rotinas contribuem para o autocontrolo comportamental da criança, uma vez que, as que acontecem sempre de forma semelhante, pautando pela sua consistência, porporcionam à criança uma sensação de segurança, pois é-lhes possivel percecionarem o que vai acontecer seguidamente. Também a ordem e a repetição das situações vai tranqualiza-las ao mesmo tempo que as ajuda a perceber o tempo de forma mais calma e menos angustiante.

Por outro lado e visto que as rotinas consistentes permitem à criança antecipar o que vai ocorrer, faz com que aceitem melhor as orientações nas transições das várias atividades que ocorrem no dia a dia, por exemplo, de casa para o jardim de infância, da brincadeira para o banho e deste para a refeição, ou da televisão para a cama, etc,. provocando menor quantidade de birras e de comportamentos de oposição.

Também se pode referir, a importância as rotinas ligadas às repetições e interações com outras pessoas, como contributo para a aprendizagem de comportamentos adequados. A interação com outras pessoas permite à criança, a realização do bom uso de oportunidades de comunicação e linguagem. O cumprimento adequado, o agradecimento, o pedido de desculpas, são competências que estas rotinas permitem desenvolver.

No que se refere  à relação com os cuidadores, a experimentação de rotinas consistentes permitem à criança desenvolver a capaciddade de confiar neles, importante no estabelecimento de um processo de vinculação adequado. Esta relação de apego com os cuidadores, permite à criança brincar, explorar e apreender o mundo que a rodeia, sem se preocupar com questões como a fralda suja, a hora de comer, a hora de dormir, com o frio, ou com o calor. Isto é, com a sua proteção e segurança.

Perante estas condições, podemos referir que as rotinas promovem a estabilidade e a organização  familiar, fortalecendo a coesão e a satisfação geral com a vida em família. Ao permitir que a criança se sinta incluida nesta com segurança e comodidade, estes são aspetos essenciais para o um desenvolvimento equilibrado e harmonioso.

Finalmente, temos que referir o papel que as rotinas têm no estabelecimento do ritmo biológico da criança, simultaneamante com a luz, o ruido, o siêncio, os hábitos de sono (ir dormir, à noite e a sesta da tarde, aproximadamente à mesma hora), a alimentação (ter fome e comer quase sempre à mesma hora), entre outros hábitos. Esta organização familiar é do agrado da criança, pela ordem, pela repetição e pelas coisas sempre no seu lugar, o que lhe transmite uma sensação de conforto e segurança (por exemplo, o facto dos brinquedos estarem sempre arrumados no mesmo sitio, permite-lhe saber onde vai buscar o livro ou a caixa de legos; o facto de tomar sempre banho na mesma casa de banho, permite-lhe ir para o lugar certo logo que o chamamos para tomar banho; etc.). O não acompanhamento das rotinas pelo estabelecimento de regras, deixando por exemplo, a criança comer quando lhe apetece, ou dormir muito tarde,... ou ainda a adoção de ritmos desequilibrados ou pouco adequados (por exemplo, um dia deita-se às 21 horas, outra vez às 23 horas), vai originar uma desordem, que sendo habitual vai contribuir para o desenvolvimento de ansiedades, medos e inseguranças: se um dia dorme menos, é natural que coma menos, que chore mais e que esteja mais propenso a birras.

Depois de tudo isto, é natural que a ocorrência de alguma alteração das rotinas do seu filho, a deixem nervosa e ansiosa. Não fique, porque como referi no principio deste artigo, uma alteração ocasional de uma rotina, permite à criança exercitar a sua capacidade de adaptação a novas situações, assim como o desenvolvimento da cratividade e da aptidão de resolução de problemas, no processo de evolução da sua autonomia. De qualquer forma, logo que lhe seja possivel, tente restabelecer a organização vigente.

Regras e Amor

Terry Brazelton, o conhecido pediatra norte americano, sobejamente conhecido, no que toca ao desenvolvimento e comportamento das crianças, disse: "para as crianças crescerem bem, necessitam apenas de amor e limites", o amor que está na base da confiança e da auto estima e as regras e os limites, que lhes permite saber o que podem ou não fazer, o que está certo e errado no seu comportamento e atuarem em conformidade com isso, isto é, permitindo à criança exercer a sua capacidade de autocontrolo.

Estas são tarefas que requerem dos pais paciência e persistência. São tarefas de longo prazo, que se vão modificando com o desenvolvimento de criança na sua forma de transmissão dos seus conteúdos.

Como se podem transmitir estas regras e limites?

Uma das premissas principais da educação tem por base a imitação de comportamentos, o que também é valido para a compreensão das regras e limites que a criança deve adquirir. A imitação de comportamentos válidos pelas crianças só pode acontecer na presença de comportamentos válidos por parte dos adultos, o que acontece por exemplo nos pedidos de desculpa, no agradecimento, no por favor, no pedido de licença, entre outros.

As regras devem tembém ser bem explicadas às crianças, com linguagem adequada ao seu nível de desenvolvimento. Deve permitir-se à criança questionar sobre essa regras, se necessário promover o diálogo relativamente à mesma. Partindo do principio que os seus argumentos são sempre mais fortes, não se deve excluir a possibilidade de que o adulto tem sempre a última palavra.

Também se deve explicar à criança que as infrações têm sempre consequências, devendo estas ser referidas com antecedência. Por exemplo, "Se não arrumas os brinquedos, vais para a cama mais cedo" Os pais devem ser consistentes e persistentes, mantendo sempre a consequência prevista anteriormente e levando até ao fim essa consequência. Caso contrário a criança aprenderá que é fácil não cumprir as regras pré estabelecidas.

Mas não se fixe demasiado nas infrações da criança. Dê antes atenção aos comportamentos adequados da criança, elogiando-a e acarinhando-a. Não existe nada a que a criança dê tanta importância como à atenção por parte dos pais e a valorização do seu comportamento.

Devemos também ter em atenção que à regras que são negociáveis outras que não o são, como por exemplo o controlo de esfincteres e determinadas regras relativas ao convivio social, entre outras.

A transmissão do amor

Todo este estabelecimento de regras e limites na educação da criança, deve ser feito pelos pais com muito amor, carinho e afeto à mistura.

Esta relação afetiva que se deve estabelecer ainda antes da definição de regres e limites no desenvolvimento da criança, por mais precoce que este seja, é como já foi referido, base do estabelecimento de uma relação de confiança com o outro e da construção da autoestima da criança.

Sendo que uma relação afetiva forte constitui a base para a construção de uma boa relação de vinculação, em que a criança pode ter confiança nos pais, uma vez que no seio da sua relação, pode prever  uma resposta atempada destes às suas necessidades e lhe vai ensinar a confiar nos outros, de forma a ter relações sociais equilibradas na idade adulta.

Por outro lado uma boa relação afetiva que se consubtância em termos do carinho físico e psicológico, a nivel do elogio, do sentir a sua presença constante não só para dar elogios, mas para corrigir comportamentos menos adequados, mas sempre com muito carinho, são estratégias que contribuem para a construção de uma adequada autoestima, essencial para a construção de um adulto equilibrado.